domingo, 1 de junho de 2014

Casal, casa, casar


Sábado - 24 de maio de 2014
 
Tá lá nos Estatutos do Encantado "Um lugar onde se preserva a natureza, a cultura, os amigos e os valores". Um desses valores é a família, o casamento, o companheirismo entre os casais. Tenho a felicidade de comprovar isso em minha vida. Esse clima de companheirismo é abundante no Encantado. Os amigos que frequentam percebem essa essência contagiante. Nesse mundo onde as pessoas se afastam e muitos casais esperam pelo final de semana, para se separarem mais ainda com reuniões só para mulheres, futebol só para os homens, ou mesmo pessoas que habitam a mesma casa, mas criam abismos entre si, o Encantado é uma ilha de união a proclamar que a vida a dois é boa. Que o diga esse casalzinho de saí-azul (com sua femeazinha verde). Eu já aprendi com meu bem. E agradeço à vida.

 

 

 

 

 
 
 
25/05/2014 - Domingo - 07:00h.
Juizo de valor é uma coisa complicada. É muito difícil avaliar alguma coisa sem ter um conhecimento profundo do assunto, e, pricipalmente, sem ter conhecimento das dificuldaades envolvidas. Por isso, não ouso dizer que as fotos abaixos estão boas, mas digo com segurança que foram difíceis de fazer e que tive sorte. O pássaro fotografado é um martim-pescador, que vejo sempre pelo Santana, mas que nunca consegui uma boa imagem. Nessa manhã, ouvi o grito dele e já fiquei alerta. Logo depois, o barulho de algo caindo n`água: era o martim que havia mergulhado e subiu o rio com um peixe no bico. Apontei a máquina e disparei. Consegui imagens que, se não fazem jus ao colorido das penas, servem para captar o flagrante do pescador obtendo seu café da manhã.

 

 

 
 
26/05/14 - Segunda feira
Fotografar esse gavião foi uma emoção e uma aventura. Eu estava na prainha do Encantado, como sempre armado com a máquina fotográfica. Quando olho parar cima, na margem oposta do Santana, em cima da árvore mais alta, ele está lá, me olhando. O coração dispara. Fingo que não estou percebendo, mas aponto a objetiva e começo a disparar as fotos. Ele fica lá, tranquilo, me olhando, observando aquele bicho abobado, imóvel, apontando aquela coisa na mão.
Já que o gavião parece concordar com a sessão de fotos, me arrisco mais. Começo a entrar no rio, já sabendo até onde dá pé. Vou me aproximando e tirando uma foto atrás da outra. Quando já estou com água pela cintura, ele se cansa e levanta um voo calmo, sobrevoando o fotógrafo. Desesperado e sem tempo de regular foco e distância, sem ter com enquadrar aquelas asas enormes, saio disparando fotos enquanto posso... e ele vai embora tranquilo, soberbo no seu voo. E os passarinhos respiram aliviados. Por enquanto o perigo passou.
P.S. Pelas minhas pesquisas, esse é uma Gavião-asa-de-telha. Mas se alguém for capaz de esclarecer melhor, eu agradeço.
 
 
 
 

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