segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Acabaram-se as eleições

Quando a gente entra em um processo competitivo, temos de nos preparar e para perder. A chance de perder é sempre maior do que de ganhar, afinal, é por isso que existe competição.

Mas por mais preparados que estejamos para não ganhar, é frustrante quando sabemos que faltou pouco para ganhar. O processo já vai encaminhando a gente para fazer planos, traçar objetivos. Pode não ser fácil.

Não consegui vencer as eleições, mas não estou triste ou decepcionado. Nem decepcionado estou.

Na verdade, um cargo eletivo seria apenas uma ferramenta a mais para realizar as coisas em que acredito, e nem sei se seria o mais produtivo.

Talvez a atuação cidadã esteja masi perto do realizável do que o ambiente legislativo e seus conchavos, seus desgastes. Não há porque lamentar. O negócio é tocar a bola pra frente com nossos projetos.

E estou muito contente em poder ter tempo novamente para retomar o projeto do Encantado, que ficou em segundo plano nesses meses. Hoje mesmo vou dar um pulo lá para trabalhar um pouco, ver minhas árvores, meus passarinhos.

A vida é boa ou ruim. Depende de como você a faz.
Com licença, eu continuo na luta...


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Campanha Eleitoral - Fase Final


Etapa final da campanha, tenho de reunir forças para buscar sempre mais um voto que pode ser a diferença entre ser ou não eleito (pode ser o seu voto). Tem hora que a gente para e pensa "Como eu consigo essa energia? Como ter pique para essas atividades? Como ainda arrrumar criatividade para fazer uma campanha diferenciada?"
 
 Não tem jeito, é preciso ter perfil para a coisa. É preciso que a campanha esteja no coração, na mente, na carne. Estou conseguindo... se vocês me ajudarem, dia 8 de outubro já começo minha atuação como vereador, preparando para a posse, com o mesmo pique e energia da campanha.
 
E se eu conseguir, o mérito é das pessoas que me apoiaram, me ajudaram a ser quem eu sou, me ajudaram a me manter no bom caminho. Vejam no vídeo, minha homenagem emocionada a quem fez/faz parte de minha vida. Vamos na fé!

 

domingo, 26 de agosto de 2012

Tocando em Frente

Almir Sater

Ando devagar porque já tive pressa,
E levo esse sorriso, porque já chorei demais.

Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
ou nada sei.
 Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs.

 É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida, seja simplesmente
Compreender a marcha, ir tocando em frente.
Como um velho boiadeiro, levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,
Estrada eu sou.
 
 Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maças,
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.
 Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora.
 Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz.
 Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maças,
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.

domingo, 19 de agosto de 2012

Sábado no Encantado

A beleza tem endereço: Encantado.






quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Domingo pesado, exaustivo, fim de tarde, relaxamento, facebook.
A tarde modorrenta acorda com o presente bombástico:

"Dia dos pais, uma data criada para homenagear a figura paterna... mas em uma breve reflexão faz mais sentido para mim utilizar essa data para tentar demonstrar um pouco da tamanha gratidão que eu tenho por ter você, Ronaldo Amorim, como meu pai.
Você dedicou sua vida a mim e à minha irmã desde o momento em que nascemos e não mediu esforços, se sacrificando em muitas vezes, seja por deixar o melhor pedaço de carne da saborosa refeição de um domingo em família, até deixar de ser o maior autor da sua vida e nomeando outros protagonistas, chamados Gabriel Teixeira e Clara Teixeira.
Você me ensinou a ser um homem sábio, que aprendeu muitas vezes com a sua experiência e com seus erros, como estar pronto para enfrentar esse mundo, que se não estivermos preparados, pode ser traiçoeiro.
Aprendi a ter bom gosto. Me lembro muito da minha infância, que cresci ouvindo Pink Floyd, Dire Straits, Zé Ramalho, entre outros bons cantores, e hoje eu lamento termos ...pouca coisa nova e de qualidade. Mas tenho aqui comigo uma boa discografia que marca minha vida, e que se não fossem arquivos digitais, também não estariam empoeirados.
Você instigou minha curiosidade sobre as coisas e alimentou a minha ânsia pelo conhecimento, que você conhece muito bem como é, essa inquietude de querer aprender e saber das coisas. Me deu liberdade em todos os momentos, sempre procurando não interferir para não influenciar nas minhas decisões mas não deixando de me mostrar o melhor caminho a seguir.
Me ensinou como é bom e necessário sonhar, e que sonho, pode se tornar em objetivos e serem alcançados e que depois, é necessário sonhar novamente... esse é o ciclo que nos motiva e nos tornam grandes pessoas.
Hoje você voltou a ser o protagonista da sua história, mais que merecido. E de uma coisa você pode ter certeza: continuarei fazendo valer a pena você ter cedido o papel principal da sua "novela" a mim.
Feliz sou eu pai, por ter você como meu pai. Te amo!
Grande parte do homem que sou hoje, é você!"


Texto de meu filho, Gabriel Alves Teixeira.

terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Mimetismo


Dizem que quando a gente morre, passa um filme na cabeça da gente e a gente revê tudo que viveu, e até com uma clareza maior, percebendo detalhes, onde falhamos, onde poderíamos ter sido melhores.
Quando acontecer comigo, quero pegar o controle remoto nas mãos e passar em slow motion alguns trechos importantes para (re)viver.
Mas, se tem alguma coisa que eu queria ver melhor, foram as vezes em que andei pelo mato no Encantado e passei perto de algum animal, sem perceber.
Na foto abaixo, tem uma mariposa em meio às folhas secas do chão.
Nessa outra foto, tem uma aranha no tronco da árvore. Consegue ver?
Fascinante, não?! Como os animais conseguem se camuflar e "sumir" no meio do ambiente!
E é aí que eu fico preocupado! Quantas vezes posso ter passasdo perto de alguma cobra que, felizmente, preferiu me ignorar... Nessa sexta feira, andando pela mata para cuidar de minhas árvores, me deparei com uma "pele" de cobra (na verdade é uma cobertura das escamas que as cobras trocam periodicamente). Era grande e eu parei para observar melhor. Minha surpresa foi ver que logo à frente estava a dona da pele. No meu caminho. Se eu não tivesse parado para ver a pele, provavelmente teria passado pela cobra. Por sorte, era uma jiboia, serpenet não venenosa. Ela me olhou, jiboiou um pouco e foi embora, me dando tempo para uma foto.
Depois do susto, levei a pele para minha bancada e estiquei para medir. Deu 1,70 metros. Tão aí as fotos para ninguém pensar que é exagero.
Quanto à jiboia, vai em paz. Mas não se esqueça de avisar suas companheiras que eu também sou da paz. Avisa principalmente àquelas cascavéis mal humoradas...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Desmatamento Zero - Uma campanha

Eu estou nessa campanha no Encantado faz tempo. Agora aderi ao Greenpeace. Quer participar também?
Cadastre-se abaixo:


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Eros e Psiquê - Fernando Pessoa



Eros e Psique

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Fotos da semana 02/06/2012

Fotos e palavras. Imagens à vista. Ideias que surgem. Lembranças que veem. Palavras que vão.

Congresso Borboletístico do Encantado.
Você não foi convidado?
Xiiii...Será que você ainda
é um mandarová?
Saravá!

Hoje é flor. Amanhã, rapidinho vira melão.
De São João.

Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo,
é de rosa,
é de manjericão,

Minas da Lua
(Gildes Bezerra)
A lua nasce do ventre de Minas
Entre colinas e quaresmais.
E eu ponteio a viola enfeitada
De fita encarnada
Pra lua escutar.
A acácia mimosa simula em gotas o que um dia será flor, bela.
É mimo só.
A manhã de chuva amanhece.
Cheia de manha, escorrendo uva,
sua boca fresca tece
o beijo que me endoidece.
... E eu corri, pro violão, num lamento, e a manhã nasceu azul. Como é bom poder tocar um instrumento. (Caetano Veloso)
Choveu

Beto Guedes

Não tem nada mais bonito
Lá na terra ja choveu
E não tem verde mais bonito
Nos teus olhos bonitos
Não distrai o pensamento
Lá na terra ja choveu
Meu coração é deserto
Lá na terra choveu.
       Chapeu de sol

Contos, cantos, contas.
Lágrimas de cristal.
Contas, terços, rosários.
Oração.
Ação.
Conta
pra mim?




Já não sei mais o que é fazer contas
Até já perdi as contas
Dos cantos dos rios das contas
Que meu peito, amor, cantou,
Perdido de amor,
Por ti. (Elomar)

sábado, 19 de maio de 2012

Troque um download por uma árvore!

MudaRock é um projeto que visa plantar um milhão de árvores nativas dos biomas Mata Atlântica e Cerrado através da mobilização de milhares de jovens pela internet, utilizando a música e a cultura web como instrumento. Esse projeto é multiplataforma, e prevê a produção de CD, DVD, livro e documentário. Além de um Fórum, um Festival de Artes Sustentável e um show com Erasmo e diversos convidados que será realizado em julho de 2012, durante a semana do Dia Mundial do Rock (ONU). A curadoria musical do projeto é de Ale Briganti. (retirado de  www.mudarock.com.br.) Outras informações na página do Facebook www.facebook.com/mudarock e no twitter: www.twitter.com/mudarock
http://www.mudarock.com.br/blog/ecomusica/a-cada-download-uma-arvore-plantada/

domingo, 13 de maio de 2012

Quatro Árvores, Três Histórias II - A Paineira

Depois da história do Luciano (clique para ler), entramos em contato com o Dimas, vimos o local e percebemos que era aquilo que queríamos. Aí começamos aquele lenga-lenga de mineiro negociando, falando que quer comprar vaca, pro outro pensar que ele quer comprar cavalo, quando na verdade ele quer comprar é vaca mesmo.
E a terra é boa, ... mas não vale tudo isso, ... mas o clima é sadio, ... mas eu não tenho o dinheiro, ... mas a terra é maior do que tá na escritura, ... mas não-sei-aoende tá mais barato, ... mas eu quero tantos mil, ... mas eu ofereço tantos, ... mas está pouco pra mim, ... mas eu pago a vista... e por aí vai...
Lenga-lenga.
Durante esse lenga-lenga, já tínhamos até comprado um monte de mudas de árvores para plantar lá (clique para ler).

Um dia, durante essas negociações, o Dimas viu nossas mudas, elogiou muitas, sugeriu outras, mas parou na paineira e disse para a gente não fazer isso, não plantar paineira! Disse que havia uma crendice (acontecida várias vezes) de que quando o tamanho da paineira ultrapassa a altura da casa, o dono vende a propriedade. E ele era testemunha de que isso era verdade! Então, se queríamos ter o Encantado, nada de plantar paineira!

O que fazer?? A paineira é uma árvore linda, indispensável ao Encantado. Não plantar estava fora de questão. Apresentou-se 3 opções:
1. Plantar de qualquer jeito e não acreditar em crendices...
2. Plantar além da cerca, na terra do vizinho, assim, se alguém tiver que vender a propriedade, seria ele e não nós.. Quem sabe até a gente comprava dele um dia? ... ou...
3. Plantar já acima do nível do telhado. Assim, o "prazo" para a venda já teria sido cumprido e poderia estar se referindo ao vendedor anterior.

Bom, a plantação foi feita agora, abril de 2012, naquela encosta propícia para a visualização a partir da casa. Está, aparentemente, já acima do alinhamento do telhado da casa. Vender a propriedade nem passa por nossa cabeça, mas por via das dúvidas, dedicamos a plantação dessa árvore ao Dimas. Se alguém tiver que vender algo, que seja ele! E boa sorte nos negócios...


For those who believe


Ingredientes:
2 bancos Fiesta novo,
8 parafusos
8 porcas,
8 arruelas lisas,
8 arruelas de pressão,
vários arranhões na mão,
uma dor na coluna no dia seguinte,
um pouco de chuva,
um pouco de barrro,
apoio.

Modo de fazer:
Junte um pouco coragem, um pouco de sonho, um pouco de conhecimento. Salpique o apoio misturado com incentivo. Misture os ingredientes, capriche na arte final e bom apetite!

P.S. Em tempo, acrescentar aos ingredients, a magia do Encantado...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quatro Árvores, Três Histórias I - A Quaresmeira

Ainda em 2010, estávamos procurando as terras onde seria o Encantado. Já tínhamos visto vários sítios, acionado todos os corretores e até feito algumas propostas, mas a equação custo x satisfação ainda não estava completa.
Naqueles dias, esse era nosso único assunto, uma forma de esparramar para todo mundo o que queríamos e tentar achar o outro lado da história: alguém que precisasse vender o que gostaríamos de comprar.
E foi assim que um belo dia (na verdade, uma noite), numa festinha com a presença de muitos professores, encontramos com o Luciano Gallo, professor de Geografia, com quem nos sentamos para tomar umas cervejas. Ele é companheiro de alguns papos, e quando falamos no projeto Encantado, ele gostou muito e falou que o Dimas, esposo da Professora Elenise estava vendendo um sitiozinho que parecia ideal para o que queríamos. A esperança crepitou altamente eo resumo da ópera foi que acabamos comprando do Dimas (mais alguns detalhes na história da paineira).
Ainda conversamos muito no projeto Encantado com o Luciano e quando eu disse iria plantar árvores dedicadas a pessoas, ele já reservou a sua: a quaresmeira. Logo no começo de 2011 comprei a muda, mas acabei ficando impedido de plantar e fomos cuidando de nossa mudas até poder plantá-las. Assim, merecidamente, mesmo com uma demorazinha, enfim saiu o plantio da quaresmeira. Em honra do Luciano que nos ajudou a achar as terras do Encantado.
Agora é esperar o crescimento e florescimento da árvore. Depois, pousar os olhos em sua beleza e refletir que a vida vale a pena.

domingo, 22 de abril de 2012

Quatro Árvores, Três Histórias

Março/abril. Fim da chuvas e a pressa de plantar as árvores. A disponibilidade de tempo é pouca, os serviços são muitos... Separei as árvores em três lotes: as frutíferas, as ornamentais e as madeiras nobres. A preferência para plantio foi para as frutíferas, já que resultariam em reflorestamento e possiblidade de colheita de frutas, além de garantir alimentação para os bichos e recuperar recursos ecológicos. As outras qualidades, de vez em quando plantava uma. E assim, foram ficando de lado algumas árvores ornamentais. Não fazia sentido plantá-las no meio do mato. Precisavam ter destaque, estar ao alcance da visão, compor a paisagem. Aí, separei um encosta acima da casa, um lugar que podia ser visto da aranda, ao final da tarde, para colocar algumas dessas árvores. Abri um picada no meio do mato, roçando o capim e para ali destinei uma paineira, dois ipês bancos e uma quaresmeira rosa. Foi curioso perceber que todas essas árvores tinham histórias e destinatários. Quatro árvores, três histórias que ainda vão ser contadas.

domingo, 8 de abril de 2012

Mesa II - Teia de Renda

E aproveitando o assunto anterior, vejam a toalha de mesa que minha irmã Rosângela fez para nós:Habilidade aprendida e herdada diretamente das mãos de nossa mãe.

Teia de Renda
Milton Nascimento e Túlio Mourão

De mil canteiros de ilusões
Brotam desejos que já vivi
Já conversados, já tão sentidos
Campos de força, tempos atrás.

Em meu destino o que restou
Marca profunda de muito amor
Tão procurada, iluminada
Essa loucura que me abraçou.

O que se deu, que se trocou
Quanta verdade a se entrelaçar
Que se sofreu, o que se andou
Quase ninguém nos acompanhou.

O que me cerca, onde hoje estou
Numa saudade sem tempo e fim
Acomodada, gente parada
Teia de renda que me cercou.

Eu não aceito o que se faz
Negar a luz fingindo que é paz
A vida é hoje, o sol é sempre
Se já conheço eu quero é mais.

O que se andar, o que crescer
Se já conheço eu quero é mais
Eu não aceito o que se faz
Negar a luz fingindo que é paz.

E a natureza, sem mãos, também tece suas tramas: