Duas bonecas de barro (Maria Filó e Maria Fulô?) vindas do Nordeste, compradas por ambos para presentear pessoas especiais em condições especiais (poucos, os eleitos); um moringa de barro, promessa de sedes saciadas; um tropeiro de barro, com o burro e os jacás; um porta chaves feito pelos alunos da APAE de Passos; um baralho prenunciando bons trucos noites a fora; livros a mão cheia: Assis, Machado - Helena; Amado, Jorge - Gabriela Cravo e Canela (irresistível, já comecei a reler); Meireles, Cecília - Obra Completa I a IV; Melo Neto, João Cabral - Serial e Antes e A Educação pela Pedra e Depois (em cujas páginas já procurei "Os Três Mal-Amados - Joaquim - veja em www.releituras.com/joaocabral_malamados.asp); Veríssimo, Érico - O Continente Vol I; um pote para doces, dois vidros grandes (futuros continentes de pimentas, conservas e acepipes variados), dois jogos diversos, um abajur (doces sonhos, doces sonos, doces vigílias), um jogo "resta 1" (Highlander?) feito por ela; 34 anos de amizade; um ipê rosa plantado em frente minha casa; milhares de horas de conversas; algumas confidências trocadas; muitos conselhos solicitados e outros tantos concedidos; um bocado de solidariedade; alguns cafés, algumas cervejas, alguns vinhos; milhões de boas recordações; uma certeza de poder contar com eles; um par de ipês branco a serem plantados mais perto do que devia, uma Amizade Encantada: Márcio e Solange.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Aquisições do dia 21.12.2010
Aproveitando um feriado municipal em meu trabalho, fomos a Ribeirão Preto comprar umas mudas de árvores para plantar no Encantado. Foram adquiridas na CATI (http://www.cati.sp.gov.br) onde fomos muito bem recebidos pelo Lelis. Lá encontramos mudas de sapucaia, uma árvore pela qual sou apaixonado há muito tempo, mesmo sem conhecer pessoalmente. Há mais de 15 anos vi uma foto em uma revista e desde então procurava mudas.
Compramos 172 mudas diversas, que vieram todas em um Uno. Até a Polícia nos parou para ver o que estávamos transportando...
Compramos 172 mudas diversas, que vieram todas em um Uno. Até a Polícia nos parou para ver o que estávamos transportando...
Segue a lista: Abio - 1, Araça - 2, Araticum - 2, Aroeira Pimenteira - 1, Aroeira Salsa - 2, Atemóia - 3, Barbatimão - 1, Cabeludinha - 2, Cabreúva - 1, Cajá Mirim - 1, Cajamanga - 1, Cambuci - 1, Canafístula - 1, Castanha Paulista - 1, Cedro-Rosa - 1, Cereja - 2, Dedaleiro - 1, Figo - 2, Figueira - 1, Flamboyant - 1, Framboesa - 1, Graviola - 1, Grumixama - 2, Guaiuvira - 1, Ingá - 1, Ipê Branco - 2, Jaca - 1, Jacarandá Mimiso - 2, Jambo - 1, Jatobá - 1, Jenipapo - 2, Jequitibá - 2, Lichia - 1, Macadâmia - 1, Mangostão - 1, Mogno - 1, Paineira Rosa - 1, Pau Brasil - 1, Pau d'alho - 1, Pau ferro - 1, Pau Formiga - 1, Peroba Rosa - 2, Pinhão Manso - 1, Pitanga - 1, Pitomba do mato - 2, Romã - 1, Sapoti - 2, Sapucaia - 3, Tamarindo - 1, Tipuana - 1, Uva japonesa - 1, Uva rosada - 1, Uvaia - 2. Ufa!!!
sábado, 1 de janeiro de 2011
Capítulo II - Êxodo e Chegada à Terra Prometida
... Foi assim que a Lagoa chegou até mim, carregada do sentimento de várias gerações. Sempre tive uma ligação especial com aquela terra. Fiz planos, fiz estudos, fiz projetos, fiz algumas ações, mas não consegui implantar nada significativo. As coisas existiam em minha cabeça, mas não conseguia passar para a prática. Faltou dinheiro, faltou tempo.
A possibilidade de ficar sem a Lagoa sempre esteve presente, me assombrando (pobre de mim que me esquecia de Lavoisier – “nada se perde, tudo se transforma"), mas, ainda que não soubesse, um lampejo de inspiração ocorreu em outubro de 2010, quando eu e a Rosângela fomos em Paulínia visitar a Comadre Eloisa e o Compadre Joel e conhecer a chácara que eles haviam adquirido: um lugar de sonho, rio ao fundo, várias árvores, um chalé de madeira... Tudo muito legal. Lá, em meio a bons papos e bons vinhos, sugeri para eles um nome para o local; Encantado. Confessei que era um nome que eu tinha em minha cabeça, reservado para um local imaginário parecido com aquele em que estávamos.
A viagem ainda continuou por outros destinos, mas poucos dias depois do retorno, em meio à avalanche de meu segundo casamento, apareceu uma proposta viável para vender a Lagoa e eu, que sempre relutei em ficar sem ela, comecei a pensar em transformá-la no Encantado. Vender meus três alqueires e comprar um ou dois, com terras mais baratas, uma água ao fundo, onde nós pudéssemos construir uma casinha com a sobra do dinheiro e “plantar meus amigos, meus discos e livros...”(thanks Zé Rodrix e Tavito).
Esse é o projeto do Encantado: um lugar mítico que se torna realidade. Basicamente um lugar onde se preserva a natureza, a cultura, os amigos e os valores. Um lugar onde a felicidade existe.
Estamos adiantados. Passamos um bom tempo procurando nossa “terra prometida”. Simpatizamos com algumas, mas nos apaixonamos por uma em especial. E valeu a dica do Luttiano – que vai ter, mais do que merecidamente, sua quaresmeira bem cuidada. A terra e o rio e as árvores e a casa e os pássaros tornaram-se nossos, é nosso Encantado em construção.
Ainda temos muito trabalho pela frente, afinal, não temos um gênio da lâmpada que concede três desejos como nas histórias encantadas (ainda bem, porque temos muito mais do que três desejos). Não temos mágica. Temos apenas nosso otimismo, nossa vontade, nossa fé, o apoio dos bons amigos e um universo que conspira a favor. Ou será que isso já é muito mágico?
A viagem ainda continuou por outros destinos, mas poucos dias depois do retorno, em meio à avalanche de meu segundo casamento, apareceu uma proposta viável para vender a Lagoa e eu, que sempre relutei em ficar sem ela, comecei a pensar em transformá-la no Encantado. Vender meus três alqueires e comprar um ou dois, com terras mais baratas, uma água ao fundo, onde nós pudéssemos construir uma casinha com a sobra do dinheiro e “plantar meus amigos, meus discos e livros...”(thanks Zé Rodrix e Tavito).
Esse é o projeto do Encantado: um lugar mítico que se torna realidade. Basicamente um lugar onde se preserva a natureza, a cultura, os amigos e os valores. Um lugar onde a felicidade existe.
Estamos adiantados. Passamos um bom tempo procurando nossa “terra prometida”. Simpatizamos com algumas, mas nos apaixonamos por uma em especial. E valeu a dica do Luttiano – que vai ter, mais do que merecidamente, sua quaresmeira bem cuidada. A terra e o rio e as árvores e a casa e os pássaros tornaram-se nossos, é nosso Encantado em construção.
Ainda temos muito trabalho pela frente, afinal, não temos um gênio da lâmpada que concede três desejos como nas histórias encantadas (ainda bem, porque temos muito mais do que três desejos). Não temos mágica. Temos apenas nosso otimismo, nossa vontade, nossa fé, o apoio dos bons amigos e um universo que conspira a favor. Ou será que isso já é muito mágico?
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